A Suécia eliminou o último obstáculo à adesão à NATO depois de o parlamento húngaro ter votado pela aprovação da candidatura.
O país nórdico solicitou a adesão à aliança de defesa após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Cada membro deve aprovar uma nova anexação, e a Hungria atrasou-se, acusando a Suécia de ser hostil.
Mas na semana passada o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que os dois países estavam agora “prontos para morrer um pelo outro”.
Espera-se que todos os membros da OTAN ajudem um aliado sob ataque.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristerson, disse que foi um “dia histórico” e um “grande passo” para a Suécia abandonar 200 anos de neutralidade.
“A Suécia é um grande país, mas estamos a aderir à NATO para proteger melhor tudo o que somos e tudo em que acreditamos”, disse ele.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a decisão húngara tornou a aliança “mais forte e segura”.
A aprovação do Parlamento deve agora ser assinada pelo presidente – após o que é enviado um convite formal à Suécia para se juntar ao grupo de 31 membros.
O processo geralmente leva alguns dias.
Orbán é um político nacionalista com laços estreitos com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele bloqueou frequentemente as tentativas da UE de enviar ajuda militar à Ucrânia.
A Suécia é um dos países da UE que acusou a Hungria de se afastar dos princípios democráticos da UE.
Por sua vez, Zoltan Kovacs, porta-voz de Orban, acusou as autoridades suecas de ocuparem um “trono degenerado de superioridade moral”.
Na semana passada, porém, Orban recebeu o seu homólogo sueco, Ulf Kristerson, e anunciou o seu apoio à adesão da Suécia.
A votação dos deputados húngaros na segunda-feira foi quase unânime – 188 a 6.
No seu discurso, Orbán criticou aliados anónimos da NATO por pressionarem o seu governo para pôr fim ao atraso de 21 meses.
“A Hungria é um país soberano e não tolerará ser ditada por outros sobre o conteúdo ou o momento da decisão”, disse ele.
A Turquia foi o outro país da NATO a bloquear a aprovação do pedido da Suécia devido ao seu chamado apoio aos separatistas curdos. Acabou por levantar o seu veto em Janeiro.
A Suécia e o seu vizinho oriental, a Finlândia, há muito considerado militarmente neutro, manifestaram interesse em aderir à NATO em Maio de 2022.
A Finlândia aderiu formalmente em abril do ano passado, duplicando a extensão da fronteira da aliança com a Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou o seu exército para a Ucrânia em 2022, o que deverá travar a expansão da NATO e enfraquecer o coletivismo ocidental.
Na verdade, além da Suécia e da Finlândia, aconteceu o contrário.